oficinas

18 e 20 de julho

Línguamãe: uma língua para romper silêncios

Gabriela do Amaral
Com quem Gabriela do Amaral
Onde online
Com quem Gabriela do Amaral
Onde online

“Em nome do silêncio, cada uma de nós evoca a expressão de seu próprio medo – o medo do desprezo, da censura ou de algum julgamento, do reconhecimento, do desafio, da aniquilação. Mas, acima de tudo, penso que tememos a visibilidade sem a qual não vivemos verdadeiramente.”

Audre Lorde

A Línguamãe surge como uma oficina de leitura e escrita  sobre literatura e maternidade que nasceu junto com a pandemia em 2020. Mais do que uma oficina, os encontros tornaram-se um espaço de resistência e pensamento das mães durante o isolamento social causado pelo COVID-19 até os dias de hoje. As oficinas online são um legado deste tempo e desde então a línguamãeseguiu crescendo sua comunidade com clubes de leitura e aulões para além da oficina tradicional.


A leitura e escrita sobre a maternidade convida todas as pessoas que tenham interesse no tema para encontrar na literatura um refúgio que as ajude a atravessar esse processo do maternar (coisa, pessoa, projeto), criando identificação, acolhimento e servindo como ferramenta de elaboração. Principalmente o que se quer com esta oficina é que possamos identificar quais são os silêncios que carregamos, e como podemos trabalhá-los para fortalecer a nossa voz e escrever as nossas próprias histórias. Para Ursula K. Le Guin é na língua-mãe que todas as histórias são contadas. E ainda, a autora vai dizer que a “língua-mãe é língua não apenas como comunicação, mas como relação, relacionamento. Ela conecta. Ela vai para vários lugares, de várias formas, faz trocas, cria redes. Seu poder não é de dividir, mas de ligar, não é de distanciar, é de unir.” E é isso que queremos. Vamos nos aliar aos textos além de Le Guin também de Audre Lorde, Anne Boyer e Elena Ferrante e teremos sempre um exercício de escrita ao final de cada aula.

A oficina é gratuita e online.

Datas e horários:

18 de julho (terça-feira) 18h – 20h.
20 de julho (quinta-feira) 18h  – 20h.

Inscrições encerradas.

Gabriela do Amaral (Niterói-RJ, 1987) vive e trabalha entre Brasil e Portugal. É poeta, designer e pesquisadora independente. Em 2019 concluiu o mestrado em  Estudos Literários, Culturais e Interartes pela Universidade do Porto. Tem graduação em Desenho Industrial pela Universidade de Brasília e especialização em Estudos Brasileiros: Sociedade, Educação e Cultura pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Autora de “Acidentes Tropicais” (Quelônio, São Paulo, 2019), “Cloro” (Flan de Tal, Vila do Conde, 2019), “Língua-mãe” (Fresca, Porto, 2021) que no Brasil foi publicado com o título de “Pequenas Erupções” (Ed.7letras, Rio de Janeiro, 2022). Faz parte das antologias de poesia: “Terceira Margem: Poesia de Portugal e do Brasil” (Enfermaria 6, Portugal, 2019), “Volta pra tua Terra! uma antologia antirracista/antifascista de poetas estrangeirxs em Portugal” (Urutau, Galiza/Portugal/Brazil, 2021) e “110 anos, 110 poetas – Antologia Comemorativa dos cento e dez anos da U.Porto” (U.Porto Press, Portugal, 2021). Em 2020, co-fundou o línguamãe, coletivo que investiga as intersecções entre o cuidado e outras práticas artísticas. Escreve sobre temas da língua, exílio e maternidade e conduz através de plataformas online encontros sobre escrita, leitura, maternidade e produção feminista.